Como Não Cobrar à Hora?

Como Não Cobrar à Hora?

Show Notes

Há várias razões para vos aconselhar a não taxarem um serviço com base no tempo que demoram a executá-lo:

  • Limita a rentabilidade. Um dia tem 24 horas, nem mais, nem menos. Por isso, nunca poderão vender mais que isso.
  • É um desincentivo à eficiência. Por que vão fazer um trabalho em cinco horas, quando se fizerem o mesmo em dez vão receber o dobro?
  • Deixa-vos pouca flexibilidade para seres criativos.
  • Com o tempo, faz-vos procurar a quantidade (de horas) ao invés da qualidade e do impacto gerado.
Transcrição

As transcrições são geradas automaticamente, com recurso a Inteligência Artificial. Podem conter erros.

Intro 00:00:00
Manual de Boas Ideias com Diogo Pires.

 

Diogo Pires 00:00:04
Olá a todos! Sejam muito bem vindos a mais um episódio do Manual de Boas Ideias. Hoje o episódio é também um conselho, um verdadeiro conselho de amigo nunca vendam o vosso tempo, eu não o faço, por isso aconselho vos mesmo. Não vendam o vosso tempo, não vendam quando alguém vos algum dia pedir um valor hora por um serviço. Tentem fugir. Eu vou vos explicar isto O dia tem 24 horas, Por norma devemos dormir 08h00, sobram 16, retira a noite para enfim lazer ou outras coisas que a nossa vida nos obriga. Sobram as tais 08h00 de trabalho diárias, o que significa que por dia vocês podem vender única e exclusivamente 08h00 de um qualquer serviço que estejam a oferecer, isto é, colocar um teto ao que se pode ganhar e impossibilitar um negócio de ser escalável. O negócio não consegue escalar quando é precificado a unidade de tempo? A menos que juntemos mais cabeças à equipa e aí estamos a multiplicar o tempo de outras pessoas também? Esta coisa de trocar um serviço por unidade de tempo e vendê lo por por hora mexe tanto comigo que eu criei um negócio para ajudar estes serviços e estas empresas de serviços a não venderem o seu tempo é algo mesmo que mexe comigo.

 

Diogo Pires 00:01:31
Por isso, naquele dia nós construímos websites e aplicações só para negócios de serviços, porque com a nossa nodes nós estamos a alavancar a escalar estes negócios, os negócios dos nossos clientes, mudando simplesmente a forma como eles vendem o seu serviço, tirando o melhor partido, claro, das ferramentas que nós lhes apresentamos e do universo de clientes da côdea. Sem revelar aqui grandes nomes. Eu vou dar vos alguns exemplos. Exemplos reais. Nós trabalhamos Com uma rede de personal trainers que lá está, vendiam o seu serviço à hora e este era o modelo básico até pouco depois de 2021, quando começámos a trabalhar com eles. Havia um valor hora. Os treinos tinham horas definidas, um treino de 01h00 era X, um treino de duas horas era Y e on. Uma vez mais, o dia de trabalho de cada um destes profissionais tinha 08h00, o que significa que o máximo que cada um deles poderia ganhar é a empresa. Depois a percentagem era o valor hora multiplicado pelas 08h00 de cada um destes profissionais. E nós conseguimos mudar este paradigma.

 

Diogo Pires 00:02:47
Aconselhamos este grupo de profissionais a olhar para o negócio de outra forma. Implementámos um modelo de subscrição mensal com marcação flexível, porque nem todos os clientes querem aulas com a mesma frequência ou usam o mesmo banco de horas todos os meses. Então criámos aqui uma estrutura flexível que permitia tirar o máximo partido dos calendários destes personal trainers e, ao mesmo tempo, garantir a estabilidade da facturação ao fim do mês. Porque um modelo de negócio assente num uma base de subscrição é muito mais facilmente previsível do que vender a unidade de tempo. A par com isto, claro, Depois também implementamos aqui uma série de aulas assíncronas que não tinham necessariamente que estar assentes em unidade de tempo. Bom, e este foi um negócio. Foi o primeiro negócio que nós apoiámos nesta transformação quase transformação digital. Mas é mais profunda do que isso. É uma transformação do core do negócio deste nosso cliente. Fizemos exactamente o mesmo com um gabinete de consultoria financeira. Ajudamo los a digitalizar um serviço que teoricamente é muito tradicional e pouco digital e criámos uma espécie de um portal onde os clientes podiam aceder a análise de mercado a ferramentas de gestão financeira, etc, etc.

 

Diogo Pires 00:04:14
E a partir daqui conseguimos que os vários consultores financeiros estivessem focados em produzir conteúdo, fechar tickets de clientes e tudo isto também com uma capacidade de previsão de receita mensal muito mais estável e fidedigna do que a tradicional venda de horas de serviço para fazer exatamente aquilo que fazem hoje. E se ainda assim não conseguiram visualizar como é que poderiam precificar o vosso negócio, o vosso serviço, que não fosse simplesmente numa base horária? Eu vou deixar os três alternativas para considerarem preço fixo por projeto, além de fazer com que o negócio seja muito mais previsível, faz com que haja um fluxo de caixa muito mais estável. E, como diziam os meus últimos convidados no manual de boas ideias, a Diana Taveira e o Diogo Dias, da Milene Black. Um negócio com um cash flow estável, um fundo de maneio estável prospera. Outros não. Segunda alternativa pensem em fazer um preço baseado no valor você performance um valor com base nos resultados alcançados, que pode, claro, incentivar a inovação do vosso lado e o vosso comprometimento com resultados de alta qualidade.

 

Diogo Pires 00:05:26
Isto sem quererem vai alavancar brutalmente o vosso negócio porque vai criar vos sponsors. Os vossos clientes não são só vossos clientes, são também advogados da vossa marca na forma mais ancestral e ainda a mais eficaz de marketing boca a boca. Terceira e última alternativa pensem em modelos de assinaturas mensais ou pacotes de serviços onde os vossos clientes pagam uma uma taxa um valor regular para aceder a uma certa gama de serviços que oferecem. Isto pode garantir um rendimento recorrente e construir relações de longo prazo com os vossos clientes, de forma a nutrirem esta relação e, claro, a escalarem o vosso negócio. Ficam aqui três ideias para repensarem um negócio que hoje em dia vendem por unidade de tempo. Ah, é verdade, Eu ia fechar o episódio agora, mas de repente caí em mim e pensei Bom, isto é só minha ideia, não é? Se vocês têm um negócio que vende por base, em tempo, partilhem no comigo, Mostrem me como é que estão a conseguir fazer com que o vosso negócio escale vendendo o vosso tempo, porque às vezes posso estar enganado.

 

Diogo Pires 00:06:36
Bom, este episódio foi super acionável e o próximo será ainda mais. A minha próxima convidada vem de uma das organizações nacionais que visa promover o empreendedorismo e falamos muito sobre financiamento de projetos, sobre linhas de apoio a novos empreendedores, formas de captar a atenção de investidores. Esta é um episódio também muito acionável. Todo ele é uma conversa muito interessante para que oiçam e tirem notas na próxima terça feira, logo de manhã. Quando acordarem, o episódio estará disponível para ouvirem nos vossos telemóveis, nas aplicações onde ouvem podcasts you know it better. É na próxima terça feira que é o novo episódio do Manual de Boas Ideias. Até lá!

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Manual de Boas Ideias

com Diogo Pires