Diogo Pires 00:00:00
Há semanas em que o mundo parece correr mais rápido do que aquilo que conseguimos acompanhar, não é verdade? Talvez tenham sentido isso. Talvez recentemente. Prazos a apertar, responsabilidades a multiplicar se e a sensação de que estamos sempre um passo atrás, com toda a ansiedade que vem com isso. Mas isso no meio desse caos. Houvesse uma forma de encontrar clareza. Olá a todos! Bem vindos a um novo capítulo do Manual de Boas Ideias. Eu hoje não vos trago entrevistas, análises profundas ou não profundas, nem sequer histórias de empreendedores, a não ser a minha própria história. As últimas duas semanas foram, no mínimo, intensas. Entre. Bom, entre gravações, lançamentos, moderar painéis e conferências, ora no Porto, ora em Lisboa. Gerir campanhas de lançamento de produtos. Pois senti me no meio de um verdadeiro caos. E essa foi também a razão pela qual não houve pisado na semana passada. E eu acredito que muitos de vocês já se tenham sentido assim também com semanas onde tudo acontece ao mesmo tempo.
Diogo Pires 00:01:08
Este episódio é sobre isso. Gerir o caos, aprender com ele e talvez encontrar aqui algum equilíbrio.
Intro 00:01:16
Manual de boas ideias com Diogo Pires.
Diogo Pires 00:01:19
Eu quero começar por falar vos do WebSummit, onde gravámos o último episódio do podcast com o Francisco Neto Nogueira da Gama. Ele co-fundou a GLU, mas ainda não ouviram esse episódio. Recomendo. Dez de dez Nós falamos sobre uma luva inteligente, o produto que é que a Globo está a desenvolver para detetar alterações no tecido mamário e com esta inovação, pode efectivamente ajudar na luta contra o cancro da mama? Foi uma conversa que me deixou a pensar sobre a tecnologia e sobre como ela pode literalmente salvar vidas. Agora a Web Summit não parou por aí para ninguém. Nem para mim. Eu também estive num dos palcos a moderar uma conversa com o Jonathan Strauss. Se não conhecem, é fundador de uma startup que começou em 2015, financiada pelo seu próprio bolso, que, parecendo que não, é algo inédito entre as startups que andam pelo WebSummit. Todas têm algum tipo de financiamento.
Diogo Pires 00:02:19
Bom, e se na altura ele financiou a startup do seu próprio bolso, hoje, quase dez anos depois, vale 1000 milhões de euros. Sim, é um unicórnio. E sabem, no meio disto tudo, aquilo que mais me impressionou foi a facilidade, uma vez mais com que no WebSummit se fala de milhões, quase como se fosse como se fossem números do dia a dia, sabem? É um contraste estranho, porque enquanto estamos aqui a pensar em contas para gerir o mês ali, parece que esses valores são a norma. Mais milhão, Menos milhão. Não é algo que seja próximo de nós, mas acreditem que o ambiente faz com que pareça bem. Estou para aqui a assumir que não é uma realidade que seja próxima de nós. Eu falo por mim, pelo menos. Com isto, quero deixar aqui um agradecimento à organização do WebSummit pelo convite para não só moderar esta talk, mas também para por nos ter dado a oportunidade de levar o manual até ao epicentro mundial do empreendedorismo por estes dias. Fomos estrear o podcast Booth desta edição do WebSummit e assim conseguimos trazer vos um bocadinho do frenesim da conferência.
Diogo Pires 00:03:25
Acho que vão conseguir perceber se ainda vão ouvir o último episódio. Vão conseguir perceber pelo ruído todo que se passa lá atrás. Bom, mas eu dizia no início deste episódio estas duas semanas foram completamente loucas. Eu, além disto que vos contei, ainda agora, lancei também um produto, o curso completo de VoiceOver. Sim, o nome não é original, mas funcionou. Para quem não sabe, eu sou locutora há 15 anos e decidi compilar tudo o que aprendi, desde a performance até ao negócio num curso. E daqui resulta o curso completo de voice over. Eu ando a adorar nos últimos anos formar pessoas, sabem? É uma das das partes do meu dia a dia que mais me preenche e esta é a única área em que eu ainda não tinha experimentado ensinar e na verdade, ainda não experimentei. Só lancei o curso e abre inscrições. E é bom. Correu muito bem. Eu esgotei as vagas na semana de lançamento. O engraçado é que eu tinha planeado campanhas para Black Friday Natal, até mesmo para criar alguma urgência em janeiro, quando faltassem poucos dias com.
Diogo Pires 00:04:38
Com últimos lugares, está bem. Contudo, eu não tinha nada preparado para o cenário de eventualmente esgotar, tanto que esgotou o curso esgotou a um domingo. Eu só comuniquei o facto de estar cotado a uma terça feira porque eu nem sequer a imagem de sold out. Tinha, Tinha feita. Bom, foi um daqueles momentos em que percebi que, mesmo com uma marca pessoal construída ao longo de 15 anos, às vezes não damos crédito ao que já fizemos bem. E se acham que o caos terminou aqui, desenganem se. Pela primeira vez eu lancei uma campanha de marketing em vários canais. Quis mesmo que o lançamento deste produto fosse bem feito e com uma campanha que andasse entre Instagram, LinkedIn, TicTac, Facebook E o impacto foi muito maior do que aquilo que eu esperava. Muito honestamente, eu não pus assim tanto, tantas fichas nisto, tanto dinheiro nesta campanha. Mas provavelmente o lado orgânico também catapultou os resultados pagos. E quando eu digo o impacto foi maior do que esperava. Eu esperava, na minha ingenuidade, que no meio disto tudo, apesar de lançar uma campanha em tantos canais diferentes, eu ia simplesmente abrir o meu email e responder a e-mails com dúvidas de pessoas.
Diogo Pires 00:05:45
Quão ingénuo! Eu tive que estar atento a mensagens, comentários e a questões que eram Foram lançadas em todas essas plataformas onde decidi fazer ruído. E já agora, preciso dizer isto? Comentários em anúncios no Facebook são São uma experiência à parte. Há perguntas legítimas, mas também há muita. Vamos pôr as coisas assim. Há quem comente coisas que só nos fazem respirar fundo e seguir em frente. O Facebook é um mundo à parte mesmo. E tudo isto levou me a pensar sobre marca pessoal. Cada coisa que fazemos e comunicamos, conta. Eu ando há 15 anos a dizer coisas em público e lá está, como vos dizia, nem sempre tenho em mente que ando aqui há 15 anos a construir uma marca pessoal. E eu acredito também que ao longo deste 15 anos a minha abordagem poderia ter sido outra, poderia ter sido muito mais. Não é impactante a palavra que eu quero usar, mas podia ter feito as coisas para esperar resultados muito mais imediatos se tivesse feito mais barulho em torno de quem eu sou. Mas também acredito que aparecer menos pode ser mais sustentável, pelo menos mais confortável e de certeza para mim.
Diogo Pires 00:06:58
Eu prefiro um caminho onde os resultados vêm de uma forma sólida, mesmo que demore mais, sabem? E isso encaixa com o que partilho aqui convosco. Não é por eu ter um MBA ou formação em gestão que me ouvem, desde logo porque eu não os tenho, mas antes porque estamos a trilhar estas jornadas juntos. É essa conexão que importa. E eu sou vos sincero quando vos digo que às vezes me meço pequeno. Não que não acredite em mim ou no valor que eu e o meu trabalho têm de todo. Mas eu estou constantemente em tantos sítios e em tantas coisas, a pensar em tantas coisas ao mesmo tempo, que acabo por me esquecer que o que vou fazendo é público. Muito daquilo que vou fazendo e publico e vai cimentando esse valor percebido sobre mim e a confiança que me tem no fundo. É uma responsabilidade também, mas tudo aquilo que tenho vindo a comunicar é real e fiel a mim mesmo. Por isso essa responsabilidade não chega sequer a pesar, sabem? Isto é uma questão de branding, personal branding.
Diogo Pires 00:07:55
E é nestes momentos que em que tudo corre muitíssimo bem, que a vida tem esta estranha forma de me lembrar que eu tenho andado aqui a construir a minha marca. Há dois livros muito bons sobre isto que li este Verão e vou só deixar vos aqui os títulos. E depois um dia falamos mais sobre cada um deles, se se quiserem You Are the Brand, de Mike Kim e outro que Person of Influence, de Daniel Priestley. Eu já vos falei dele aqui noutro episódio. Agora, como é que se gere uma semana destas? Eu não vou fingir que tenho uma resposta mágica para isto, mas algo que tem de fazer é encontrar momentos para parar e priorizar, sobretudo quando depois se lançam aqui questões também do foro familiar, questões relacionadas com saúde. Eu acho que essas têm prioridade sobre qualquer coisa. E foi também o que acabou por acontecer. Não entrando em muitos detalhes, foi o que acabou por acontecer e eu quis priorizar isso. Bom, e com estas semanas eu aprendi que nem tudo precisa de resposta imediata, sabem? E mais importante que isso, delegar ou adiar algo não é falhar, é gerir.
Diogo Pires 00:09:06
Há semanas em que o caos nos empurra para limites. Mas acho também que esta lição está em aceitarmos que não conseguimos fazer tudo ao mesmo tempo. Apesar de ser a pessoa que, como vos dizia, está em muitos lugares, em muitos sítios ao mesmo tempo, não dá para estar em todos os lados ao mesmo tempo e escolher onde colocar a energia. Bom, e para terminar, eu quero partilhar um livro que ando a ler agora e que curiosamente tem ajudado nestes momentos, embora não tenha sido para isto que que eu comecei a ler, achava que aquilo me ia ajudar numa área do meu campo profissional, mas entretanto isto é muito mais lato do que isso. Chama se a arte de fazer mais perguntas. É um livro de Warren Burger. Foi me sugerido pela Daniela Crespo, a terapeuta da fala. E que outros de comunicação que olhem que vai dar uma das aulas do meu curso completo de voice over comigo, by the way. Já que estamos aqui a falar do curso. Eu não sei a quem é que isto pode interessar de voz, mas eu entretanto vou abrir uma segunda turma amanhã.
Diogo Pires 00:10:10
Portanto, já agora, olhem, vou deixar o link do curso no NOS na Channel deste deste episódio, na descrição. Portanto, se vos interessar, dei uma olhadela. Amanhã vou abrir uma segunda turma e a contar pela rapidez com que a primeira esgotou, provavelmente a segunda vai pelo mesmo caminho, até porque a whitelist é relativamente grande. Mas pronto, fica aqui só esta nota. Falando sobre este livro A arte de fazer mais perguntas. A premissa é simples, mas poderosa. Fazer as perguntas certas pode levar nos a respostas e soluções que nunca Que consideraríamos e pode mesmo mudar o rumo das coisas. E eu acho que isto resume muito àquilo que conversei convosco neste capítulo do manual Questionar o caos, questionar nos a nós próprios e encontrar um caminho. Leiam. Se gostam de comunicação e liderança, são são capazes de gostar deste livro. A arte de fazer mais perguntas. Se ficaram comigo até aqui, obrigado. Este episódio foi diferente, não foi? Foi mais pessoal, mas espero que tenha feito pensar sobre as vossas semanas caóticas também e como as enfrentam.
Diogo Pires 00:11:16
E se é algo que estas semanas me ensinaram e que mesmo no meio do caos há espaço para crescer, aprender e refletir é muito necessário nestes dias. Uma última questão qual o vosso maior amigo empreendedor? Partilhem o manual de boas ideias com ele ou com ela. Enviem lhe este episódio e tragam no para a comunidade. Obrigado por estarem desse lado. Até ao próximo capítulo do Manual de Boas Ideias.