Diogo Pires 00:00:00
Olá a todos! Bem vindos a um novo capítulo do Manual de Boas Ideias. Um capítulo que se escreve diferente. Hoje estamos a gravar no WebSummit em Lisboa. Imaginem um espaço repleto de pessoas de todas as partes do mundo empreendedores, investidores, entusiastas, jornalistas, muitos jornalistas, todos com o mesmo objetivo descobrir as ideias que vão moldar o futuro. Vou partilhar convosco os números desta edição e os momentos mais marcantes para para vos dar uma ideia do que se passa a cada ano por esta altura aqui no Parque das Nações. Este ano o WebSummit tem mais de 70.000 participantes, lotação esgotada, há 3000 empresas expositoras, desde startups até as gigantes da tecnologia e cerca de 1000 investidores prontos para identificar as próximas grandes oportunidades. Pelos corredores da FIL e da MEO Arena circulam também 2000 jornalistas que estão aqui para relatar para todo o mundo as inovações e partilhar aquilo que por aqui se passa por estes dias. Lisboa é a capital mundial do empreendedorismo por quatro dias. A Opening Night foi ontem. Trouxe nomes de peso. Pharrell Williams, que além de músico, é diretor criativo da Louis Vuitton, subiu ao palco, por exemplo, para falar sobre a interseção entre comércio e criatividade com Frank Cooper, Chief marketing officer da Visa.
Diogo Pires 00:01:15
É uma combinação única de pessoas que reflete o espírito deste Web Summit. Este ano vou estar uma vez mais à conversa com mentes empreendedoras brilhantes, seja nos palcos do WebSummit, seja aqui também no Manual de Boas Ideias. Agora com o Francisco Neto Nogueira, ele e o Frederico Stock fundaram a Luma, uma startup na área da tecnologia de saúde focada na detecção precoce do cancro da mama. Francisco, muito bem vindo ao manual de boas ideias.
Francisco Neto Nogueira 00:01:43
Muito obrigado!
Intro 00:01:44
Manual de Boas Ideias com Diogo Pires.
Diogo Pires 00:01:47
Eu começava por te perguntar como é que nasce a Luma e e que momento ou que desafio em particular é que motivou a criação desta Sense Club que é o vosso produto?
Francisco Neto Nogueira 00:01:58
Olha, eu vou. Já que estamos aqui no Web Summit, vou partilhar uma uma história que não muito longa, mas. Mas no fundo quem nunca Acabei por nunca partilhar em nenhum podcast ou em qualquer outro sítio, mas que no fundo nós estávamos em 2016 e acho que foi o primeiro WebSummit em 2016 e eu vi na altura como estudante de Engenharia Biomédica e fui.
Francisco Neto Nogueira 00:02:27
Lembro me de concorrer aos bilhetes para ter um bilhete grátis, exactamente.
Diogo Pires 00:02:33
Os dois, igual nas primeiras edições. Isso mesmo.
Francisco Neto Nogueira 00:02:35
Sim, e passei um dia inteiro no MEO Arena. Trouxe sandes para comer lá porque já sabia que não se podia, que não se podia sair entretanto. Meu Deus, estou a.
Diogo Pires 00:02:44
Rever nisto tudo.
Francisco Neto Nogueira 00:02:45
Lembro me de ver. Lembro me de lá, de ver o Gary. Vi, fiquei completamente inspirado e foi a primeira vez que fui exposto assim ao mundo das startups, por assim dizer. E lembro me de chegar a casa e dizer quem me dera. Foi a primeira vez que eu sentia se um bichinho de. O que é que eu alguma vez quero fazer na vida? Eu sempre, durante toda a minha infância, eu quis ser médico, mas depois não tive média e fui para Engenharia Biomédica. Sempre apaixonado por tecnologias, sempre apaixonado pela pela, pela área da saúde. Mas de facto foi ali que eu senti assim um clique. Sim, foi depois de vir ao WebSummit e na altura lembro me de falar com os meus pais, depois chegar a casa e dizer quem me dera algum dia estar lá, estar lá com alguma coisa minha.
Francisco Neto Nogueira 00:03:33
Entretanto os anos foram se passando e eu em 2019, portanto, três anos depois, estava a fazer a minha tese de mestrado quando a minha prima Filipa foi diagnosticada com cancro da mama. E foi aí que o meu pai era médico de clínica geral. A minha mãe é enfermeira e eu, muito basicamente tentei viver com eles, tentei explorar um bocadinho. Portanto, a Filipa foi diagnosticada com cancro da mama, detectou um nódulo na mama. Só passado três meses é que foi ao médico. E eu tentei então perceber um bocadinho com eles porque é que a Filipa tinha demorado tanto tempo até ir ao médico e pronto. E depois o meu pai teve uma explicar no fundo do problema que está relacionado com a com a desconfiança e com a falta de know how no momento da auto apalpação da mama. E foi então aí que eu pensei em se calhar temos de arranjar um método doméstico para dar mais confiança às mulheres no momento da auto apalpação. Inicialmente até pensei em ter algum tipo de marcadores a entrar mais na área da biotecnologia e pensar em deteção do cancro da mama através de sangue ou de urina ou o que quer que fosse.
Francisco Neto Nogueira 00:04:50
Mas depois o mercado já estava um bocado sobrelotado. Já nessa altura, portanto, estamos a falar de 2019. já está um bocado sobrelotado nessa área e de facto, depois de falar também mais uma vez com o meu pai e com a minha mãe, como é óbvio, percebi que não era bem esse o problema que nós queríamos. Nós não queremos, Nós não queremos detetar o cancro precocemente em si. Nós queremos que as mulheres estejam bem conscientes de todas as alterações que vão surgindo no seu tecido mamário ao longo dos anos e, por consequência, queremos que as mulheres tenham estejam aware de tudo o que vai surgindo, seja benigno, seja maligno, mas que no fundo, sempre que surgir algo novo, tenham a capacidade de ir logo ao médico e atempadamente detectar um possível cancro da mama. E é um bocado essa, essa a nossa missão. Portanto, lá está. Sou engenheiro biomédico que me deu muitas competências para para para iniciar o projeto, mas de facto foi. Foi aqui um caso pessoal, portanto, da minha prima Filipa, que foi diagnosticada com cancro muito nova.
Diogo Pires 00:05:59
Nós falamos aqui de um produto diferente, a Sense Glove. Que é que é uma luva? Como é que vocês chegam a este? A um protótipo como este? Qual é que é a história até chegarem aqui também?
Francisco Neto Nogueira 00:06:13
Também é curioso, portanto, isto. Nós estávamos em 2019, só que eu estava também a acabar a minha tese de mestrado e, portanto, a tese para todos os estudantes de mestrado que me estão a ouvir sabem que é quem já passou por isso. Também sabem que a tese é um momento da nossa vida em que nós estamos. Estamos muito procrastinar, muito. Portanto, arranjamos tudo e mais alguma coisa para não a fazer. Mas eu queria acabar aquilo o mais cedo possível, o mais rápido possível e portanto pus a ideia um bocadinho de lado. Portanto, eu pensei logo com o meu pai em fazer algo, Lá está um.
Francisco Neto Nogueira 00:06:53
Dispositivo.
Francisco Neto Nogueira 00:06:53
Não sabia ainda que era uma luva, mas um dispositivo. Se calhar até pensei inicialmente numa coisa tipo um desodorizante roll on, portanto, com sensores na sua, na sua extremidade em que o utilizador fosse passando com o roll on, mas no fundo, Depois aquilo que começámos começámos a pensar foi que era no fundo para para não introduzirmos algo novo na rotina da mulher.
Francisco Neto Nogueira 00:07:22
Apesar de muitas mulheres não terem como a sua rotina fazer auto apalpação. É diferente darmos uma luva porque já está. Portanto, com a forma da mão é mais simples. Portanto, já sabem mais ou menos o que é que tem de fazer e por isso é que escolhemos a luva. O protótipo começou a ser feito no início da pandemia, portanto estávamos em março de 2020. Eu já tinha terminado a tese e.
Diogo Pires 00:07:47
Não.
Francisco Neto Nogueira 00:07:47
Exatamente já tinha terminado a tese, portanto estava à procura de emprego. Na altura, Terminei a tese no final do ano de 2019, portanto, no início de 2020. Estava à procura de trabalho. E depois começa a pandemia, fecha tudo e eu vejo me, portanto, em casa, um bocado sem nada para fazer. Com toda a gente preocupada, sem saber quando é que as coisas iam reabrir. Eu fiz. Tentei fazer um bocadinho de tudo, portanto, desde fazer pão e a plantar tomate cherry. Portanto, meu Deus.
Diogo Pires 00:08:18
Nós temos tempo. Estamos todos a reconhecer nos de certeza nesta nesta narrativa.
Francisco Neto Nogueira 00:08:21
Exactamente. Até que depois pensei assim Epá, se calhar vou tentar pegar na ideia que tive a que tinha tido há uns meses e portanto vou vou mandar vir uns sensores. Mandei vir uns sensores do do Aliexpress e do Alibaba, uns componentes electrónicos e comecei ali na sala de jantar a fazer os primeiros protótipos. A minha mãe já passada não é como a minha, por favor, também não vem ninguém aqui em casa aqui em casa e, portanto, muito, muito sucintamente. Foi assim que comecei a fazer uns testes com os primeiros sensores e pegar em tecnologia que que já sabia que existia, que eu sabia que poderia funcionar. Li muitos, muitos papers na altura sobre isso, fui ver tudo aquilo que existia na altura relacionado com sensores de pressão. Escolhi uns sensores muito baratos porque lá está uma das uma das nossas vantagens que nós queremos que o nosso produto seja e que seja acessível a todos e, portanto, seja um dispositivo de baixo custo. E foi então, durante a pandemia, que comecei a fazer os primeiros protótipos.
Francisco Neto Nogueira 00:09:30
E é depois dessa, desses primeiros protótipos, com o Frederick junto a mim.
Diogo Pires 00:09:36
Estou agora num ponto importante o quão acessível será este este produto para para a população? Eu quando estava a navegar no vosso site e fui a zona de pré reserva, Percebi isso mesmo que primeiro fiquei fascinado. Ontem, quando estávamos a olhar para o vosso site, fiquei fascinado com o quão acessível efetivamente é esta pré reserva. Numa fase inicial até em que ainda não estão a produzir em escala 99 €, a data de ontem era o que estava no vosso site. Fiquei muito contente por ver isso. E é engraçado também naquilo que estavas a contar. Há muitas semelhanças, entre outras histórias que já tivemos aqui em outros capítulos do Manual de Boas Ideias. Eu estava a lembrar me da história do Pedro Lopes, fundador da Infinite Book, que também foi numa fase mais sem nada para fazer e que teve a ideia de fundar a Infinite Books e criar cadernos que fossem reutilizáveis e daí também ter sido importante voltar a casa, no caso dele voltar a Viseu a uma calma, um estado mais calmo da mente para para assim as ideias proliferarem.
Diogo Pires 00:10:47
Agora, por detrás de uma luva há a tecnologia, acredito. Para que? Para que possa haver aí um diagnóstico correto. Claro que foi esse o maior desafio que tiveram ao desenvolver uma solução Como?
Francisco Neto Nogueira 00:11:02
Se os desafios.
Francisco Neto Nogueira 00:11:04
São constantes e nós todos os dias passamos por eles? Nós, No fundo, a Luma é uma é uma startup de metal tech e, portanto, o que nós estamos a desenvolver é um dispositivo médico e, como tal, exige muita certificação. Portanto, nós temos de certificar este dispositivo como como um dispositivo médico e, portanto, temos de passar por toda a parte de compliance e e regulatória, seja para obtermos a marca, se para dispositivo médico, seja para obtermos FDC certificação. E acho que esse espaço é muito desafiante. E para além disso, como é óbvio que envolve também muitos estudos clínicos. Eu e o Frederico como fundadores, nós temos uma uma sempre um discurso para a equipa de Keep It Simple. Vamos manter as coisas o mais simples possível, porque lá está, porque temos, temos muitos, muitos engenheiros na equipa.
Francisco Neto Nogueira 00:12:03
Vão surgindo sempre muitas ideias. Nós temos uma Weekly por semana só para brainstorming e portanto podem imaginar a panóplia de.
Diogo Pires 00:12:12
Ideias.
Francisco Neto Nogueira 00:12:14
Que surgem. Mas lá está, nós temos sempre de nos manter focados. E é simples, é. E lá está, não desenvolvemos inteligência artificial. Nós, por exemplo, neste momento, enquanto nós estamos aqui, o Filipe, que é da nossa equipa, está a desenvolver um algoritmo para. Relativamente ao posicionamento da luva em relação à mama, temos aí temos a inteligência artificial. Vamos ter inteligência artificial na análise dos dados também. Também na nossa aplicação vamos ter um género de risco assessment, ou seja, com base nas respostas no perfil da utilizadora, nós vamos criando uma escala de risco para desenvolver cancro da mama, o que depois vai ser muito positivo para reduzir os falsos positivos. No momento do diagnóstico, no fundo, nós não fazemos diagnóstico, mas, mas damos na mesma uma previsão daquilo que achamos que lá está. Mas sobretudo queremos. E eu agora falei aqui de algumas features do nosso produto, porque não é só a luva, não é só a aplicação, mas mas temos de nos manter simples.
Francisco Neto Nogueira 00:13:23
Portanto, tanto no modelo de negócio como na tecnologia. Vamos tentar sempre utilizar exemplos de coisas que já já foram utilizadas, porque sabemos que assim o risco diminui e a probabilidade de falharmos também também é menor.
Diogo Pires 00:13:37
Falavas aí de que neste momento, enquanto conversamos, há outras pessoas da equipa que estão a trabalhar no vosso produto. Sim, eu questiono me e questiono te a ti também. Em que momento é que vocês partem à procura de outras pessoas para fazerem outras coisas que vão para lá das vossas competências enquanto fundadores?
Francisco Neto Nogueira 00:13:54
Sim, isso é uma ótima pergunta. Lá está. Olha. Logo no início eu percebi que sozinho isto não ia passar de de um. Lá está, de ocupar o meu tempo em casa enquanto estávamos em Lockdown e portanto, assim com o Frederico. Que é que é que é meu melhor amigo há mais de 15 anos? Isso é.
Diogo Pires 00:14:15
Perigoso? Isso é perigoso?
Francisco Neto Nogueira 00:14:17
Não, mas, mas mesmo assim. E atenção, nós temos. Temos muitas discussões e às vezes chateamos nos, mas.
Francisco Neto Nogueira 00:14:24
Mas conseguimos sempre separar a nossa amizade de de do trabalho. E o Frederico ontem, ontem fez, fez 30 anos. No sábado lá estarei no jantar dele como amigo e só depois como como sócio. E é cofundador. Mas logo desde o início eu percebi que sozinho não ia conseguir avançar, avançar com isto e portanto o Federico ofereceu se na altura, ofereceu se para para me ajudar e eu disse lhe que sim. Depois passou para a parte de IT, que apesar de ser engenheiro biomédico, nunca adorei a parte de TI e portanto precisava. E foi assim que se juntou o Guilherme. Depois percebemos então que precisávamos de uma pessoa que gerisse toda a parte regulatória. Juntou se a nós, depois a Flávia. Entretanto, precisávamos de um data science e de uma pessoa de um data scientist e de uma pessoa que nos ajudasse no hardware. Juntou se a nós, o Filipe, mas agora juntou se a nós, a Filipa, para a área de marketing. Portanto, lá está, tem a ver sempre com as necessidades.
Francisco Neto Nogueira 00:15:26
Portanto, neste momento já somos oito pessoas a full time. Nunca tivemos uma equipa tão grande, temos mais pessoas a ajudar nos e acho que isso é aquilo que mais me enche de orgulho. É ver aquilo que começou na sala, na sala de jantar, na mesa de jantar. Agora ser uma empresa já com financiamento, já com olhos postos nos Estados Unidos, com oito pessoas ao ano e.
Diogo Pires 00:15:53
Três pessoas não querendo colocar pressão. Falava, fazia uma descrição muito, muito accurate do que é o WebSummit numa conferência Com tantos empreendedores, o que destacaria como o maior segredo, se é que é segredo, para transformar uma ideia numa startup promissora e aparecer na cara dos investidores e dos curiosos que por aqui andam?
Francisco Neto Nogueira 00:16:18
Esta resposta vai ser um bocado básica, mas para já tem de fazer. Se eu não. Se eu não tivesse, se eu não tivesse feito, não estaria aqui de certeza. E atenção, nós durante estes anos já tivemos muita gente a dizer e para isso é dificílimo hardware e vocês não vão conseguir fazer isso com dispositivos médicos.
Francisco Neto Nogueira 00:16:35
Não se metam nisso, que isso é muito difícil. É quase como a darem aquela short cuts, estás a perceber? Fazer fazer atalhos não vão bem para o dispositivo médico. Façam isso num dispositivo de mais do elas e vendam nos supermercados. Claro que isso aí era ótimo, não é? Quer dizer, as pessoas iam, iam ver aquilo, iam todas comprar. Mas depois. Onde é que está a credibilidade médica E a nossa certificação? Não é claro. E não é shortcut. Eu ouvi isto uma vez. Acho que foi a Cristina Fonseca que disse não. A shortcut, portanto, é o caminho mais duro. É aquele que que que nós temos, temos de fazer, Temos de passar por todas as dificuldades, mas também é aquilo que nos vai dar mais prazer depois, quando, quando olharmos no final e para além, para além de fazer, eu acho, acho que muito importante para aparecermos assim neste tipo de de lá estar. Nós nós tivemos sempre uma boa visibilidade durante os WebSummit, desde aparecer nos telejornais da SIC e da TVI, RTP, etc.
Francisco Neto Nogueira 00:17:36
Este ano vamos estar no centro de estágios, portanto, também também. São sempre coisas, coisas muito boas que nos dão muita visibilidade.
Diogo Pires 00:17:44
Deixem me só aqui contextualizar e o palco principal para o nome. E é o palco que mais vezes aparece nas notícias. A imagem que todos nós temos daqueles cubos roxos e azuis na arena.
Francisco Neto Nogueira 00:17:55
Exactamente. Acho que muito importante é o storytelling. Portanto, contar nos uma história. O que é que nos inspira, o que é que nos motivou e o que é que nós estamos a fazer por nós. Só estamos a fazer e porque acreditamos e sei lá como. Quando uma pessoa que goste de futebol está ali horas a falar sobre o seu clube. Se isto é uma paixão que nós temos, também também conseguimos estar horas a falar sobre ela, contar histórias. Lá está como estamos aqui, nós a conversar e a ter esta conversa tão agradável e trazer isso para para um palco, para uma entrevista, para um para lá, está a falar com qualquer pessoa em networking.
Diogo Pires 00:18:35
Para quem está a ouvir o vosso testemunho e a viver esta energia do WebSummit com todo o ruído que está aqui atrás.
Diogo Pires 00:18:40
Porque há muita coisa a acontecer neste primeiro pavilhão da fila onde nós estamos a gravar este este capítulo do Manual de boas ideias. Qual é que é a mensagem de inspiração que gostavas de deixar sobre a importância de perseguir uma visão que pode efetivamente fazer a diferença?
Francisco Neto Nogueira 00:18:54
Relativamente à inspiração, lá está, eu sou uma pessoa que sempre quis fazer fazer a diferença na vida das pessoas, por isso. E queria ser médico, porque quando era pequeno e o meu pai me levava ao hospital militar e eu via aqueles doentes sempre tão satisfeitos com o meu pai e aquele brilho nos olhos Eu pensava quero ter este impacto nas pessoas. Não consegui ir para medicina, Foi. Foi um desgosto que tive. Se tivesse ido para medicina, provavelmente eu não estava aqui. Também não sei se seria mais ou menos feliz. Nunca saberei. Mas uma coisa é certa é que neste momento não trocava por rigorosamente nada. Ainda é um risco? Claro que é, Mas é uma startup. Ainda não temos faturação, já estamos em fase seed, mas ainda continuamos em fase de estudos clínicos, Portanto, temos muito mais certezas hoje do que tínhamos há quatro anos quando começámos, Mas ainda é um risco.
Francisco Neto Nogueira 00:19:50
Mas não trocava isto por rigorosamente nada. E acho que lá está, quando as pessoas têm, tem esse alguém que nos está a ouvir, que tem uma ideia e que que pensa será que devia, que devia arriscar ou não é arriscar? Francisco.
Diogo Pires 00:20:06
Muito obrigado por aquilo que estão a construir. Obrigado também pela tua partilha aqui no Manual de Boas Ideias.
Francisco Neto Nogueira 00:20:11
Eu é que agradeço. Obrigado.
Diogo Pires 00:20:12
Nós decidimos aproveitar o convite do WebSummit e gravar este capítulo por cá para vos inspirar também, vocês que nos estão a ouvir. Lancem vocês startups como a Pluma ou queiram começar mais pequeno, Não interessa é que tenham boas ideias e que as coloquem ao serviço do mundo. Afinal, uma empresa é isso, não é verdade? Se conhecem outros empreendedores que iriam gostar de ouvir o que conversámos aqui hoje, partilhem com eles este episódio, tragam nos para a nossa comunidade. Obrigado por ouvirem o manual de boas ideias Até ao próximo episódio.