Diogo Pires 00:00:00
Olá a todos! Bem vindos ao Manual de Boas Ideias. Bom, hoje e devo já começar por isto. Hoje decidi mudar de localização onde gravo estes episódios. Não sei se me vou manter assim por mais episódios, mais capítulos do manual, mas hoje não estava a ser simplesmente estar fechado dentro da minha cabine, onde gravo as locuções para marcas enquanto voz off. Então hoje decidi montar o microfone aqui na minha secretária e cá vai disto. Se isto é uma informação importante, depende do ponto de vista. É que eu tenho a certeza que vocês vão ouvir mais eco de sala e a voz vai estar diferente. E para todos os perfeccionistas Out there, como eu, esta é a explicação pela qual o som está ligeiramente diferente. Ok, pronto, estamos, Estamos. Estamos arrumados agora. Hoje vamos explorar um tema essencial para qualquer empreendedor que quer deixar a sua marca e acho que de uma forma muito feliz. Vou fundir aqui dois universos que mexem profundamente comigo o empreendedorismo e a comunicação, onde me mexo há alguns anos.
Diogo Pires 00:01:17
Daqui vamos explorar o que é storytelling. Ok, sim, contar histórias pode parecer algo que ouvimos apenas em filmes ou livros, mas no mundo dos negócios, no mundo do empreendedorismo, o storytelling, acreditem ou não, é uma das ferramentas mais poderosas que temos para nos conectar, seja com clientes, com investidores ou mesmo parceiros, por exemplo. É no fundo que permite transformar ideias em algo tangível. É algo que cria laços emocionais que fortalecem uma marca e a nossa perceção na mente das pessoas.
Intro 00:02:00
Manual de boas Ideias com Diogo Pires.
Diogo Pires 00:02:04
Então, por que usar o storytelling no empreendedorismo? Vou partilhar convosco a reflexão que fiz quando estava a preparar este episódio. Antes de mais, quero partilhar convosco um estudo que me marcou. Falo vos de uma pesquisa da Universidade de Stanford que mostrou que as pessoas têm 20 e duas vezes mais probabilidade de lembrar se de uma história do que de uma simples estatística. Surpreendente, não é? Quando criamos histórias, quando criamos uma história em particular bem estruturada, as nossas ideias deixam de ser factos, passam, passam a ser experiências.
Diogo Pires 00:02:42
Tornamo nos factos e números em experiências. Para ilustrar melhor isto, vamos olhar. Vamos olhar para a história da Airbnb. Os fundadores da Airbnb, Brian Chastity e do Debian, não sei se conhecem a história da era BNB, se não é esta. Eles começaram a startup quando não tinham grandes fundos, quando não tinham contactos poderosos ou sequer um plano de negócios, um plano de negócios tradicional. O que eles tinham efetivamente era uma ideia simples e uma história verdadeiramente cativante. Eles contavam como a ideia surgiu para resolver a necessidade de alojamento durante uma conferência e, em vez de apresentarem um pitch forçado e focado em estatísticas sobre turismo, apelaram antes ao lado emocional, como Com esta frase Airbnb é a experiência de sentir se em casa em qualquer lugar do mundo. Isto não desperta algumas emoções em vocês. Sentir se em casa, em qualquer lugar do mundo é uma história em si mesmo. E este enfoque não só atraiu os primeiros utilizadores, como também investidores que acreditaram numa visão partilhada por eles. E é esta a abordagem que queremos.
Diogo Pires 00:04:05
Que eu quero que vocês apliquem nas vossas próprias narrativas. Pensem nisto. Para fazer este storytelling de forma eficaz, nós precisamos de primeiro seguir uma estrutura sólida e por isso, aqui vai um modelo simples, mas extremamente poderoso, daquilo que pode ser aplicado a praticamente qualquer história que queiram contar no vosso negócio. Se notarem aqui alguma semelhança com as histórias de Disney que ouvimos desde os tempos de criança, não se espantem. Uma estrutura poderosa de storytelling inclui uma situação inicial, um conflito, uma resolução e uma chamada à atenção, uma chamada à ação, aliás, um call to action. E por situação inicial, comecem por contextualizar o vosso público. Onde é que estavam antes de terem a ideia que desafios é que enfrentavam? Qual é que foi o ponto de viragem esse momento de partida e é crucial para que o público perceba o antes, como é que, onde é que nós estamos? Qual é que é o nosso common ground? Qual é o nosso contexto? E daqui partimos para o conflito. Toda a boa história precisa de um conflito.
Diogo Pires 00:05:20
Conflito. Irá dizer. Clímax não é bem o clímax do conflito, ok? Aqui partilhem os desafios que vos motivaram a criar o produto ou serviço que estão a apresentar e, no fundo, o porquê que leva ao como. Pensem na Apple, por exemplo. A Apple destaca como o iPhone não é só um dispositivo, mas sim uma solução para melhorar a forma como comunicamos, trabalhamos e criamos. É uma descrição muito mais rica, não é? Não se trata apenas de vendas, mas antes de resolver um problema concreto. E aqui chegamos ao nosso clímax a resolução. São. Este é o clímax onde entram as vossas soluções, os vossos resultados e os impactos que conseguiram alcançar. Mostrem sem medos, sem vergonhas, como é que o vosso produto ou serviço resolve o problema. Reforcem esta parte com com resultados concretos e com resultados concretos. Eu falo vos, por exemplo, de histórias de clientes ou testemunhos de quem já beneficiou da vossa solução. O último ponto deste modelo simples é a tal chamada à ação. Uma boa história termina com uma chamada à ação forte e inspiradora e no formato Disney.
Diogo Pires 00:06:46
A moral da história está bem. Este é o momento de convidar o público a juntar se a vocês, seja através de uma compra, subscrição ou de qualquer outro tipo de compromisso que não tem necessariamente que envolver aqui uma transação, mas que traz o público para o vosso lado. Qualquer coisa que queiram que estas pessoas façam este episódio. E isto é sobre storytelling, sobre como uma comunicação forte e que gera empatia e relação com quem nos ouve pode de alguma forma alavancar o nosso negócio. E por isso, agora vamos detalhar aqui algumas dicas, práticas e ferramentas que podem ajudar a tornar as vossas histórias ainda mais impactantes. A primeira dica, e talvez a mais importante de todas, e que muitas das vezes nós tendemos a esquecer nos pela velocidade a que tudo acontece e tão simplesmente esta. Humanizem a vossa marca, humanizem a vossa marca. O storytelling é mais poderoso quando reflete a humanidade. E o que eu quero dizer com isto é, por exemplo, partilhem o vosso percurso, as dificuldades que enfrentaram, as falhas e até mesmo os momentos de dúvida em que questionaram se estavam a fazer a cena certa, se estavam a ir no caminho certo em vez de venderem apenas o produto.
Diogo Pires 00:08:12
Vendam a vossa visão. Esta abordagem torna o negócio mais autêntico e aproxima o público. Acreditem nisso. Não sei se conhecem um Estava a dizer isto, estava me a lembrar. Não sei se conhecem, um serviço que existe nos Estados Unidos. Isto talvez ressoe mais com o público masculino, mas nos Estados Unidos existe a Dólar Shave Club Dollar Shave Club. Se procurarem agora na net e um serviço de subscrição de produtos para a barba, hoje em dia eles já já aumentaram a oferta, já diversificaram um bocado a oferta, mas essencialmente é isto dólar Shave Club e isto é se repararem na comunicação deles. Há sempre um factor humano, há sempre este modelo que vos falava de A partir de um de uma situação inicial em que há um problema chegar a um clímax. Aqui está a solução. Agora subscreve. Vão ver isso e tentem analisar como é que esta humanização entra no storytelling deles, que anda muito à base de o humor e o humor é necessariamente uma ferramenta para despertar estas emoções de que estamos a falar. E, por outro lado, eles também têm uma narrativa sobre simplicidade para revolucionar o setor das lâminas de barbear.
Diogo Pires 00:09:37
No fundo, e cá está a ligação emocional que se cria com isto. Outra dica prática para implementarem o vosso storytelling usem dados como parte da história. Isto parece que que deita por terra o setup inicial deste episódio. Mas não abandonem as estatísticas, não abandonem. Integrem nas na narrativa. O desafio? Não. O desafio coloca se quando tentamos integrar isto de forma eficaz numa história. Por exemplo, se o vosso produto ajuda a poupar tempo. Em vez de dizerem poupa 20% do tempo, tenta algo, Tentem algo como imagina ter um dia a mais por semana para investir no que realmente importa? Porquê? Porque o vosso produto vai ajudá lo a poupar 20% do seu tempo, 20% numa semana e um dia, certo? Por isso, imagina ter um dia a mais por semana para investir no que realmente importa. É uma imagem poderosíssima, não é? E foi só que uma forma diferente de integrar dados na história. E depois, como já vínhamos a falar antes, recorram a testemunhos e estudos de caso sempre a contar a história através dos olhos de um cliente real pode ser incrivelmente eficaz.
Diogo Pires 00:11:00
Partilhem as experiências positivas com o serviço ao cliente, por exemplo. Isto não só prova a qualidade do serviço, mas também reforça este compromisso da vossa marca com uma comunidade forte e à qual vocês são leais. Vamos fazer aqui um exercício. Imaginem que são fundadores de uma startup que desenvolve uma aplicação para ajudar freelancers a organizar o trabalho. Ok, em vez de descreverem apenas as funcionalidades da vossa startup, da vossa aplicação, podem contar a história de um utilizador. Podem dizer que a Joana, designer gráfica que estava a perder clientes por não conseguir gerir os prazos, começou a usar a vossa aplicação e ao usar a vossa app, conseguiu não só organizar melhor os projetos, mas também ganhou mais tempo para dedicar à criatividade, o que lhe trouxe mais clientes e um aumento de rendimento. É ou não é forte isto? Uma narrativa como esta, com uma pessoa concreta e com um impacto mensurável, tem um impacto mais profundo e que perdura de forma mais fácil na memória. Eu ando a contar histórias há 16 anos, na rádio, em podcast, em locuções para marcas.
Diogo Pires 00:12:13
A minha vida, isto é contar histórias. Histórias que muitas das vezes partem de notícias que li, de histórias que ouvi, de histórias que vivi, em que sou eu o sujeito da ação. E ando a fazê lo há 16 anos. Contar uma boa história é uma arte que se refina com o tempo. Portanto, o que importa é aquilo que vos quero dizer. E não é que não vão já começar Óptimos? Há excelentes talentos escondidos no meio de cada um de vós. E de certeza que há de haver alguém que está a ouvir isto e que agora vai pegar num lápis, numa forma muito clássica de de começar a compor uma história, lápis e papel. E vai sair uma narrativa tremenda. O que o que vos quero dizer e comecem é isto. Há três pontos chaves para para aperfeiçoarem o vosso storytelling, testar e ajustar, incorporar elementos visuais e emocionais e criar um ponto alto e uma conclusão poderosa são três pontos essenciais para para um bom storytelling, testar e ajustar. Desde logo porque devem experimentar diferentes versões da vossa história com amigos ou colegas e peçam feedback.
Diogo Pires 00:13:29
Perceber o que é que funciona e o que é que não gera assim tanta empatia. As melhores histórias são as que conseguem adaptar se ao público sem perder a essência. Por outro lado. Elementos visuais e emocionais em. Isto é uma dica sobretudo para quem faz muitas apresentações. Para vocês que andam a apresentar o vosso produto de sala, de reuniões em sala de reuniões. Experimentem usar imagens que ajudem a ilustrar a vossa história. Visualizar momentos de superação ou impacto concreto. Facilita a ligação com o público. Há sempre um ponto qualquer que nos permite relacionar com quem está à nossa frente. E depois criar um ponto alto e uma conclusão poderosa. Isto porque cada história precisa de um clímax. Aquilo que falávamos lá atrás pode ser o momento em que tudo fez sentido ou, sei lá, uma grande mudança que implementaram. Ou o feedback de um cliente que vos marcou, por exemplo. Tudo é válido. Este é o ponto essencial para tornar a narrativa que estão a contar inesquecível. É claro que não vos quero deixar sem recursos.
Diogo Pires 00:14:34
Não quero que isto termine por aqui. Se quiserem aprofundar mais os vossos conhecimentos sobre a storytelling. Sei lá. Mandei mensagem no Instagram, no no site do Manual de Boas Ideias. Mas mais do que isso, aqui estão algumas ferramentas e recursos úteis para melhorarem o vosso storytelling no que toca a livros. E podia vos elencar vários das minhas estantes que falam sobre isto, mas destaco vos dois. O primeiro Storytelling Guide data do qual nos Baumer Netflix E bom, vou deixar isto tudo nas notas deste episódio para que seja mais fácil seguirem links. Mas este primeiro livro fala sobre esta questão de integrar dados de forma interessante e é uma leitura que vos recomendo vivamente. É um livro de um autor que eu adoro porque tem, tem, tem. Tem livros, obras muito particulares. Foca se sobretudo em pequenos negócios e em dicas para fazê los catapultar para outros níveis. Estou a falar de Donald Miller. Eu passei o verão agora a ler um livro dele e não é este que vos vou recomendar, mas este é outro livro super famoso, Building a Story Brand.
Diogo Pires 00:15:52
Donald Miller é sobre focar e sobre, aliás, criar narrativas focadas no cliente. Por outro lado, juntem se a grupos de empreendedores, como comunidades online, por exemplo, espaços de coworking para poderem ter feedback valioso. Ouvir outras histórias ajuda a construir a vossa própria narrativa. Há sempre alguns elementos que ouvimos e que ressoam connosco, que podemos adaptar para a nossa história. Por outro lado, e para para quem faz recorrentemente apresentações, como falava há pouco, para quem está na onda dos pitches. Dêem uma vista de olhos pelo Canva. Não é novidade, claro. Ou mesmo pelo Prezi. O Press e eu descobri o quando, quando estava no secundário, houve uma colega que me mostrou o Press e eu fiquei fascinado com aquilo. Na altura não havia tantas ferramentas como há hoje. Ainda assim, o Press e conseguiu adaptar se aos tempos e evoluir estas duas ferramentas, o Canva e o Press e são óptimas para criar apresentações que são visualmente apelativas. Usem gráficos, imagens ou até mesmo vídeos curtos, por exemplo, para complementar a vossa história e torná la mais imersiva.
Diogo Pires 00:17:06
E por último, aplicações de escrita Apps como o Grammar ou Hemingway são são úteis para refinar o texto, diria até, se souberem usá lo da melhor forma. O chat PT pode ser um ótimo aliado nisto. Pequenos ajustes na escolha de palavras podem fazer uma grande diferença no impacto da vossa história. Por isso, dê lhes também uso um bom uso e no final do dia lembrem se disto. As melhores marcas são aquelas que contam as melhores histórias. Nós lembramo nos de histórias, não nos lembramos de produtos, lembramo nos de uma história em que aquele produto surge, nem que seja a nossa história. Como é que um produto ou um serviço entrou na nossa vida? E não tenham medo de partilhar os momentos de luta, os porquês que vos motivam e o impacto que querem criar no mundo, porque tudo isso vai ressoar na vossa audiência, de uma forma ou de outra. Pode não ser literal, mas vai despoletar alguns gatilhos em quem vos vai ouvir. E quando a vossa história toca a emoção e reflete a vossa visão, ela torna se mais do que uma simples apresentação.
Diogo Pires 00:18:16
Torna se numa ferramenta poderosa que vos conecta com quem vos está a ouvir. E agora deixo vos um desafio criem uma história que descreva o percurso do vosso produto desde o momento em que a ideia surgiu até ao impacto que gerou. Depois contem a alguém e vejam a reacção. Observem o que é que funciona e o que é que não funciona. Que partes da história é que ressoaram naquela pessoa? E o que é que não funcionou? Porque, afinal, o storytelling é esta skill que se afina com a prática. Era isto que vos dizia há pouco. Espero que este capítulo do manual tenha dado algumas boas ideias para aplicarem no vosso negócio. Lembrem se uma boa história pode ser o vosso maior trunfo. Se estão a gostar de ouvir o manual de boas ideias, subscreva o podcast na app que estão a usar para ouvir este episódio Spotify, Aple Podcasts no YouTube. Subscrevam para não perderem os próximos capítulos do manual. Gostaram? Senti que agora fiquei sem chão. Cheguei ao fim. Debita aqui todo tudo aquilo que tinha planeado para partilhar convosco, mas essencialmente é isto de alguém que comunica dia sim, dia sim, que vive para isto.
Diogo Pires 00:19:43
Acreditem, isto faz efetivamente diferença na hora de partilharem as vossas ideias. E nós queremos que as pessoas acreditem naquilo que é a nossa visão sobre o mundo, sobre as coisas que estamos a construir. Nada melhor do que contar boas histórias que vão ressoar nas pessoas que nos estão a ouvir. Muito obrigado por vocês serem essas pessoas para mim, por estarem a ouvir o manual de boas ideias e por acompanharem o podcast. Vamos no próximo capítulo.